Lisboa vai receber, no próximo dia 16 de outubro, o Digital Product Passport Summit, um encontro que pretende posicionar Portugal na liderança europeia da implementação do Passaporte Digital do Produto (DPP). O evento, que terá lugar no hotel Myriad by SANA Hotels, entre as 14h e as 17h30, reunirá empresas industriais, entidades públicas e parceiros tecnológicos num espaço dedicado à partilha de conhecimento, capacitação e demonstração prática de ferramentas digitais.
Um dos grandes destaques será o lançamento oficial de duas ferramentas pioneiras no contexto nacional. A primeira é a Plataforma Carbonatzero, concebida para calcular a pegada de carbono de organizações, com base em metodologias internacionalmente reconhecidas, como o GHG Protocol e a norma ISO 14067. A segunda é a Plataforma Digital para o Passaporte de Produto, a primeira solução nacional com aplicação multissetorial, desenvolvida em alinhamento com os requisitos da União Europeia, que se prepara para tornar obrigatória esta ferramenta em vários setores até 2030.
Promovido pela Aliados Consulting, através do GreenTech Lab, o evento contará ainda com a apresentação do GreenTech Lab e do próprio conceito de DPP, bem como dois painéis de debate dedicados ao Ecodesign e Inovação de Produto e à Medição e Comunicação do Impacto Ambiental. Os debates serão moderados pelo BCSD Portugal e contarão com a participação de representantes da Sonae MC, Silvex, Politécnico de Setúbal, Vigobloco, 3XP Global e IAPMEI.
De acordo com João Pedro Pinto, partner da Aliados Consulting, “o Digital Product Passport é um dos instrumentos mais transformadores da política europeia de sustentabilidade. Com estas ferramentas pioneiras, Portugal dá um passo decisivo para se posicionar como referência europeia na aplicação prática do PDP, apoiando as empresas a cumprir os requisitos europeus e a transformar desafios em oportunidades de inovação e competitividade”.
A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição deve ser feita aqui.
Passaporte Digital do Produto obrigatório já em 2026
A obrigatoriedade do DPP a partir de 2026 representa uma mudança estrutural para todas as empresas que produzem bens na União Europeia. A partir do próximo ano, e de forma progressiva, será um requisito obrigatório em múltiplos setores: baterias, eletrónica, têxtil, mobiliário, químicos, construção, plásticos, metais, entre outros. Mais do que uma exigência regulatória, é um mecanismo que traz transparência, rastreabilidade e competitividade às cadeias de valor.







































