Os pinguins-de-magalhães estão de volta ao Oceanário de Lisboa. Depois de dez meses de obras, os visitantes podem agora reencontrar estes e outros animais, num habitat totalmente renovado, mais amplo, natural e imersivo e com um novo nome “Oceano do Sul”. Mergulhos mais próximos do público, ondas e cascatas que recriam a energia da costa subantártica são algumas das novidades a descobrir.
Esta transformação marca a primeira grande reconstrução de um dos habitats originais do Oceanário de Lisboa, inaugurado em 1998 para a Expo’98.
No total, regressaram ao habitat 29 pinguins-de-magalhães e 12 andorinhas-do-mar-inca, que, desde o final de agosto, redescobrem um espaço renovado ao detalhe para promover elevados padrões de bem-estar animal e, ao mesmo tempo, proporcionar aos visitantes uma experiência mais próxima e envolvente. O novo espaço recria, de forma fiel e autêntica, as zonas costeiras subantárticas, integrando rochas, cascatas, gelo, estalactites e um espaço para nadar com simulação de ondas de maré. A intervenção inclui também mais ninhos, áreas terrestres e aquáticas alargadas e novos estímulos que favorecem o comportamento natural da espécie. A partir do piso inferior, o visitante poderá ver os mergulhos dos pinguins, lado a lado com tubarões e outros peixes.
“Queremos que cada visitante viva um encontro inesquecível com os pinguins e se sinta transportado para o Oceano do Sul. Este é o primeiro passo para educar e conservar – criar ligações, porque ninguém protege o que não conhece”, reforça Roque Cunha Ferreira, CEO do Oceanário de Lisboa.
“É uma enorme responsabilidade intervir num habitat que, do ponto de vista biológico, dos indicadores de bem-estar, sempre respondeu positivamente. Essa ousadia trouxe-nos a oportunidade de reforçar o conceito original da exposição, respeitando a sua essência e acrescentando novas soluções”, afirma Miguel Tiago de Oliveira, Diretor de Engenharia, Operações e Qualidade do Oceanário de Lisboa, reforçando que foram meses desafiantes, que exigiram uma coordenação ativa e permanente entre equipas, “movida por uma grande paixão pelo que fazemos”.
Já Hugo Batista, Diretor de Biologia do Oceanário de Lisboa, reforça o orgulho de “dar à colónia de pinguins uma casa renovada, mais próxima do seu habitat natural”. “Este projeto foi pensado para garantir uma uniformidade com os territórios de origem destas espécies, e proporcionar condições únicas não só para os pinguins e demais animais que aqui habitam, mas também para os visitantes e para quem aqui trabalha”, referindo melhorias ao nível do espaço, infraestruturas e sistemas de suporte de vida.
A mudança de nome do habitat foi outra das alterações realizadas e acompanha uma questão de padronização internacional. Desde 2000, a Organização Hidrográfica Internacional (IHO) reconheceu oficialmente o Oceano do Sul como a quinta bacia oceânica, juntando-se às do Atlântico, Pacífico, Índico e Ártico. Assim, recentemente várias instituições científicas e educativas portuguesas passaram a adotar a tradução direta de Southern Ocean como Oceano do Sul, em vez de Antártico, e esta passa também a ser a designação do novo habitat dos pinguins no Oceanário de Lisboa.







































