O Plastics Summit – Global Event 2025 (PSGE) acontece na FIL – Feira Internacional de Lisboa, no dia 6 de outubro, para debater a sustentabilidade no setor dos plásticos, abordando temas centrais para a transição ecológica e para a economia circular, e soluções interdisciplinares e colaborativas – a par da apresentação dos resultados de 14 projetos da Agenda Mobilizadora “Sustainable Plastics”.
Nuno Aguiar, Diretor Técnico da APIP (Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos) e Membro Coordenador do Expert Committee do evento, aponta um setor com vários desafios: “por um lado, a crescente pressão regulamentar, com a implementação de novas regulamentações ESG e a adaptação às diretivas europeias no âmbito da economia circular. Por outro, a transição efetiva para a circularidade, sobretudo no que se refere à redução da dependência de matérias-primas virgens, aumentar as taxas de reciclagem, cujos níveis de recolha e triagem necessitam de melhorar, ao qual se junta a pressão para acelerar a descarbonização e atingir a neutralidade carbónica até 2030, em linha com os objetivos do Acordo de Paris”.

A isto acresce a perceção pública, pois “persiste a ideia de que todos os plásticos são prejudiciais ao ambiente, quando na realidade se trata de um material essencial, cuja sustentabilidade depende sobretudo da forma como é produzido, utilizado e gerido no fim de vida”. Daí este evento também querer “combater a desinformação e reforçar uma comunicação ética, transparente e baseada em evidência científica”.
Em relação ao Tratado Global para os Plásticos, “a APIP tem acompanhado e participado ativamente nesta discussão” e crê que o documento deve “propor metas realistas e adaptadas às diferentes realidades regionais, de forma a garantir eficácia e viabilidade na sua implementação”.
No PSGE, voltará a reunir-se um Expert Committee, que conta já com mais de 100 especialistas nacionais e internacionais, e que terá a missão de elaborar um “Position Statement”, dando seguimento à declaração produzida em 2022 e reforçando o compromisso com a promoção da economia circular e da sustentabilidade ambiental. O documento será apresentado na COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, que irá decorrer em novembro, no Brasil.
Isto consolidará a presença de com um conjunto de oradores que representam um leque diversificado de setores, desde instituições financeiras e empresas tecnológicas até organizações internacionais, academia e entidades governamentais, traduzindo a abordagem multissetorial e internacional do evento. Destacam-se, entre outros, Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia, fará a sessão de encerramento e Manuel Castro Almeida, Ministro da Economia e da Coesão Territorial, estará presente na sessão de abertura do jantar de warm-up do evento.
Assim, Nuno Aguiar aponta que “o futuro do plástico passa pela inovação, pela diversificação das matérias-primas, incluindo soluções recicladas e de base biológica, e por uma mudança de comportamentos no consumo”.
“Estamos à beira de uma nova era de sustentabilidade, em que os plásticos podem desempenhar um papel estratégico em áreas como a eficiência energética, a mobilidade sustentável, a saúde e a economia circular”, conclui o Diretor Técnico da APIP.








































