O litoral do concelho de Loulé vai beneficiar de um investimento de mais de 14 milhões de euros para alimentação artificial de algumas praias, anunciou a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, nesta terça-feira, 29 de julho.
Em conversa com os jornalistas junto à Praia do Forte Novo, na freguesia de Quarteira, espaço balnear fustigado por uma intempérie no passado inverno que levou parte do areal, a responsável governamental declarou que, numa área de 6,5 quilómetros entre Quarteira e a Quinta do Lago, passando por Vale do Lobo e Garrão, será feita a injeção de areia, num projeto que estava a desenvolver-se há já vários anos, mas que irá finalmente concretizar-se. “Há aqui uma falta enorme de areia, os passadiços recuaram vários metros durante este inverno e, portanto, é uma grande intervenção”, frisou a Ministra.
O concurso irá abrir em breve, uma vez que a verba está já aprovada, “esperando que logo a seguir à época balnear comecem as obras”, que terão uma duração de “4 a 5 meses” e espera-se que, quando tiver início a próxima época balnear, em 2026, a obra já esteja completa. Esta será, de resto “a maior obra deste género no Algarve”.
Por outro lado, no que respeita aos molhos, a parte do estudo de impacto ambiental está já a finalizar. Esta constituirá uma intervenção que tem como objetivo evitar que a situação de diminuição do areal (ou praticamente o seu desaparecimento) se repita. Este investimento será submetido ao Programa Operacional Sustentável, que também financia a parte da alimentação do areal, podendo o seu arranque acontecer no fim da época balnear de 2026, garantindo, assim, que, em 2027, também esta questão já esteja completa. A intervenção passará por “eliminar alguns os molhos e acrescentar os que ficam; é uma geometria diferente para que não volte a acontecer o levar da areia”, disse Maria da Graça Carvalho.
De referir que outra das intervenções previstas para o litoral do concelho de Loulé é a renaturalização da Praia do Ancão.
A Ministra do Ambiente falou ainda de uma matéria que tem preocupado o executivo municipal, a questão dos direitos adquiridos do loteamento que remonta aos anos 70 para construção de um hotel em plena Reserva Natural Local da Foz do Almargem e Trafal. A Ministra anunciou que já deu indicações à APA – Agência Portuguesa do Ambiente para levar a cabo um Estudo de Impacto Ambiental a esse projeto “para verificar todas as condições”, tal como em casos idênticos, algo que não estava previsto até aqui uma vez que “havia uma série de direitos adquiridos de uma época em que todas as preocupações ambientais e com as alterações climáticas eram muito diferentes”. Nesse sentido, a APA terá poder para dar a concessão ou não do ponto de vista ambiental a estes projetos urbanísticos.







































