Hugo Espírito Santo, Secretário de Estado das Infraestruturas, abriu o segundo dia da conferência, organizada pela APREN (Associação Portuguesa de Energias Renováveis), começando por afirmar como o evento é “uma oportunidade única para liderar na descarbonização e, ao mesmo tempo, reforçarmos a nossa competitividade”.
“Temos condições únicas para usarmos a sustentabilidade, a produção, as energias renováveis como uma alavanca de crescimento. Ou seja, nós não temos o mesmo desafio que outros congéneres europeus têm, que é de ter um debate sobre os custos que a descarbonização pode impor aos seus países. De facto, nós temos condições ímpares a níveis dos eletrões verdes, quer seja solar, eólica ou hídrica, e temos condições ímpares para as moléculas verdes, o HVO, o hidrogénio e o biometano”, frisou.
Além disso, “temos já uma fileira de produção industrial associada às renováveis bastante forte”, que se traduz efetivamente num “vetor de crescimento, de inovação e de investimento, que é a sustentabilidade”.
Relembrando que os transportes são responsáveis por 35% do consumo energético final no nosso país e por 78% do consumo de produtos petrolíferos, Hugo Espírito Santo evidenciou a importância de transformar este setor tão crítico no atual panorama climático.
E como se faz isto? “Por um lado, garantirmos transferência modal, ou seja, garantirmos que nós passamos a viajar e passamos a usar meios de transporte que são, por definição, mais sustentáveis e mais eficientes, nomeadamente, a ferrovia. E acho que isso leva-nos, depois, a todo o projeto que nós estamos a investir, hoje em dia, da alta velocidade e de renovação da rede convencional”.
Entre outros exemplos, o Secretário de Estado das Infraestruturas referiu o maior uso de SAF na aviação, a construção do novo aeroporto de Lisboa numa base de “carbono positivo” e não só “carbono zero” e em tornar os portos marítimos também mais eficientes.
De forma geral, “a questão da universalidade de acesso aos pontos de carregamento, toda a questão das diversificações dos meios de pagamento, assegurar uma cobertura territorial efetiva, autoconsumo, eliminação do comercializador exclusivo, tudo isto está a ser feito e é absolutamente fundamental para que possamos, conjuntamente, dar o próximo salto”.
O Secretário de Estado ainda acrescentou que “a sustentabilidade tem de ser compatível com o progresso”, seja ele económico, financeiro, ambiental ou social.
“Portanto, para que isso aconteça, precisamos de ambição, precisamos de responsabilidade, precisamos de todos, precisamos de colaboração e, acima de tudo, precisamos de caminhar juntos: Governo, empresas, cidadãos, para garantir que vamos de facto chegar ao fim com um Portugal que é, não só mais sustentável d mais renovável, mas mais justo e com mais crescimento”, concluiu Hugo Espírito Santo.
A Portugal Renewable Energy Summit realiza-se nos dias 2 e 3 de outubro, no Grande Auditório da Culturgest, em Lisboa, juntado diferentes playersdo setor para debater a atualidade e o futuro das energias renováveis.







































