Os recursos naturais são elementos da natureza essenciais à sobrevivência e à atividade humana. Atualmente, estes recursos, sejam eles renováveis ou não renováveis, estão a sofrer uma forte pressão – seja pelo aumento populacional, pelos impactos das alterações climáticas ou pelo seu uso excessivo. Por isso, a sua gestão de forma sustentável é crucial para evitar o seu esgotamento.
Em 2025, a Sobrecarga do Planeta Terra aconteceu uma semana mais cedo (24 de julho) do que no ano anterior, o que aponta para uma emergência na preservação dos recursos naturais. O que significa isto? Que a Humanidade esgotou os recursos biológicos que o planeta é capaz de regenerar num ano.
E quais são alguns estes recursos? Os renováveis como água, sol, vento e floresta, e os não renováveis, como carvão, petróleo e gás natural, cuja reposição na natureza é muito lenta, além de serem recursos limitados.

Segundo a WWF Portugal, o maior desafio que os recursos naturais enfrentam é a “falta de reconhecimento pela sociedade do seu papel no nosso bem-estar e prosperidade”. “. Criámos as nossas sociedades e economias assentes na exploração da natureza e dos seus recursos, a base biofísica do nosso bem estar, mas essa base também fornece bem-estar por si só (sob a forma de água limpa, alimentos, lazer, regulação do clima, etc.) e está a ser delapidada”, explica Catarina Grilo, Diretora de Conservação e Políticas da organização.
Atualmente, a água é o recurso natural que corre o maior risco, até porque “essencial para manter os nossos rios vivos e saudáveis”. “Também o é para a agricultura, mas não podemos continuar a usá-la para produzir alimentos sem ter em conta quanta água está disponível na natureza, e que é precisa igualmente para abastecimento público e para manter os ecossistemas aquícolas saudáveis”, aponta a responsável.
Assim sendo, a WWF Portugal acredita que os recursos naturais podem ser defendidos “através de um uso dentro dos seus limites de regeneração, no caso dos recursos renováveis, e um uso bem limitado daqueles que não são renováveis”.
Por sua vez, a ZERO aponta quatro grandes desafios aos recursos naturais: a sobre-exploração e/ou consumo excessivo, a poluição, que passa pela “contaminação de recursos naturais como a água, o solo, o ar através das diferentes atividades que desenvolvemos”, as alterações climáticas e a disrupção do funcionamento dos ecossistema e destruição de biodiversidade: “quando os ecossistemas são destruídos ou o seu funcionamento é perturbado, é posta em causa a sua capacidade de continuar a fornecer os serviços fundamentais para a manutenção da disponibilidade de muitos dos recursos renováveis de que dependemos”, começa por comentar Susana Fonseca, Vice-Presidente da associação.

Em relação ao recurso natural que está em maior risco, considera que isso depende do contexto, pois “cada território tem os seus desafios”. No caso de Portugal, “a água e o solo parecem ser os recursos mais em risco”.
E um elemento fundamental para preservar estes recursos passa, principalmente, por “reduzir a pegada ecológica dos países com maiores níveis de desenvolvimento e, em particular, entre as faixas da população que têm melhor nível de vida. Os estudos são claros a indicar que a tendência clara é a de que quanto maior o rendimento disponível, maior o consumo e, logo, maior a pegada ecológica do estilo de vida”. “É fundamental definir estratégias nacionais, ao nível da UE e até do mundo no sentido de organizarmos as nossas sociedades para que possamos viver dentro dos limites planetários, garantindo uma distribuição muito mais equitativa dos recursos e mantendo um foco numa Economia do Bem-Estar”, continua Susana Fonseca.
A responsável chama ainda atenção para o facto de que “os ciclos de renovação diferem muito”, exemplificando com as florestas que levam tempo a crescer. Além disso, “há que ter em conta que para aproveitarmos uma fonte de energia renovável são necessários outros recursos: barreiras nos rios com todos os impactos ambientais e sociais daí decorrentes ou materiais raros ou espaço para construir equipamentos de aproveitamento da energia solar e eólica, com graves impactes na biodiversidade”.
Água: um “grito” pelo consumo consciente

Considerado o recurso sob maior pressão, a água “está indissociavelmente ligada aos quatro pilares do desenvolvimento sustentável (ambiental, social, cultural e económico), apresentando estreitas ligações com o clima, a energia, as cidades, o ambiente, a segurança alimentar, a pobreza, a saúde, entre outros temas”, declara Álvaro Sardinha do Centro de Competência em Economia Azul no seu projeto “Segurança Hídrica e Escassez de Água – Desafios e Oportunidades da Dessalinização”. Posto isto, “sem um ciclo de água funcional e resiliente, a saúde humana e a integridade ambiental estarão ameaçadas e um futuro sustentável e equitativo continuará a ser uma utopia”.
Como se refere no projeto, de acordo com o relatório The EU blue economy report (DG MARE, 2024), “prevê-se que muitas regiões da UE – especialmente os Estados-Membros do Sul da Europa – enfrentarão uma grave escassez de água até 2050, altura em que se prevê que a procura de água aumente até 30% com o progresso do aquecimento global. De acordo com o projeto PESETA IV [efeitos das alterações climáticas na Europa], a população atualmente exposta a uma grave escassez de água pode aumentar de cerca de 50 milhões para 65 milhões de pessoas com um aumento de 3°C na temperatura média global”.
Face aos níveis limitados de água doce potável no planeta, é cada vez mais urgente preservar as diferentes origens deste recurso, uma das missões da Aquapor: “assumimos o compromisso de liderar a transição hídrica em Portugal, pelo que colocamos a gestão eficiente e sustentável da água no centro de todos os serviços que prestamos”, começa por dizer Catarina Sousa, Diretora de Operações. “Alinhada com os princípios da sustentabilidade e da economia circular, a empresa adota um conjunto de estratégias tecnológicas, operacionais e ambientais com o objetivo de minimizar o desperdício e maximizar o reaproveitamento da água nas suas mais diferentes formas, assegurando assim a sustentabilidade dos recursos hídricos a longo prazo”, continua a responsável.

Com esta estratégia, a empresa já conseguiu alcançar um nível de água não faturada inferior a 15%, um valor abaixo da média nacional (27%). Além disso, têm sido desenvolvidos projetos de reutilização de água residual tratada e de valorização de subprodutos: “destaco, em concreto, iniciativas como a produção de biogás a partir de lamas de ETAR, para a utilização em energia e a transformação das lamas em fertilizantes por intermédio de operação de compostagem”.
Para esta empresa, “a valorização da água, enquanto recurso essencial, representa um esforço transversal a múltiplos setores de atividade, e cada um desempenha um papel crucial na promoção de uma gestão mais sustentável e eficiente”. Catarina Sousa exemplifica com a agricultura, a indústria e a construção, que devem esforçar-se para reduzir a pressão sobre os recursos hídricos na prática das suas atividades.
“Todos estes setores podem assim constituir uma alavanca poderosa para reforçar o valor estratégico da água, assegurando a sua proteção e disponibilidade num cenário cada vez mais marcado por fenómenos extremos e pela climática”, frisa.
Além disso, esta empresa também incorpora outros recursos naturais no seu exercício, como a utilização de energia solar para alimentar sistemas de bombagem e estações de tratamento, e o recurso à água da chuva para usos não potáveis (rega, limpeza urbana).
Já a INDAQUA coloca no centro da sua operação a eficiência “porque acreditamos que todas as ações contam para evitar o desperdício de água e de outros recursos naturais, económicos e humanos”. Por exemplo, “, se gerirmos melhor as nossas equipas e equipamentos, vamos responder com mais eficiência a uma potencial fuga de água, evitando perdas. Se apostarmos na digitalização (por exemplo, na fatura eletrónica), estamos a reduzir o consumo de papel e, portanto, de água”, comenta o CEO Pedro Perdigão.

Relembrando que os fenómenos de escassez e seca são cada vez mais frequentes e prolongados no nosso país, este grupo tem em curso diferentes projetos para garantir a usa parte nesta luta: “uma das ações mais representativas nesta matéria do uso eficiente de água é a nossa abordagem à gestão de perdas nas redes de abastecimento, sejam elas operadas pela INDAQUA (através do modelo de concessões municipais) ou por outras entidades, com quem estabelecemos projetos de eficiência hídrica de curto prazo”. E isto parece estar a ter resultados, visto que o grupo, há vários anos, tem dos valores nacionais mais baixos de água não faturada.
Noutro ponto, Pedro Perdigão reforça que “os consumos hídrico e energético são indissociáveis, já que o abastecimento de água e a recolha de águas residuais são, devido à complexidade da operação de tratamento e distribuição, naturalmente grandes consumidores de recursos energéticos”. “Enquanto entidade responsável pelos serviços de abastecimento de água e de gestão de águas residuais prestados a mais de 810 mil pessoas em Portugal, acreditamos que o princípio da eficiência não deve esgotar-se na forma como gerimos água, mas também estender-se à forma como consumimos energia”, diz o responsável.
Neste sentido, a INDAQUA tem expandido a sua produção própria de energia renovável para autoconsumo, com a instalação de painéis fotovoltaicos nas suas ETAR’s e reservatórios, e com um sistema de cogeração que aproveita biogás para produzir energia. Isto confirma o potencial de aliar outros setores de atividade e outros recursos naturais.
Energia: transição na agenda do dia

Sol, vento, água e biomassa – todos estes elementos podem ser aproveitados para a produção de energiae poderão desenhar o caminho para a tão desejada transição energética, onde “abandonamos” os combustíveis fósseis.
“O GEOTA considera que a política energética nacional deve priorizar, primeiro, a melhoria profunda da eficiência energética em todos os setores económicos e, segundo, a integração crescente de fontes de energia renovável, nomeadamente solar e eólica, no cabaz energético”, afirma Miguel Macias Sequeira, vice-presidente da organização.
“Esta pode ser uma transformação estrutural do sistema energético de um modelo centralizado baseado em combustíveis fósseis importados para um modelo descentralizado baseado em recursos renováveis endógenos. A par da redução das emissões de gases de efeito estufa, essencial para mitigar os piores efeitos das alterações climáticas, destaca-se também a redução da dependência energética que confere maior resiliência face à volatilidade dos mercados globais de petróleo e gás natural”, acrescenta.
Posto isto, o GEOTA considera uma “decisão acertada” a aposta na energia eólica e solar, mas alerta: “a implementação destes projetos tem ocorrido de forma desordenada no território nacional, com impactos ambientais tanto negativos como evitáveis e com crescente contestação das comunidades locais”, além de se assistir à “tentativa de construção de centrais solares em áreas protegidas”.
Susana Serôdio, Coordenadora de Políticas e Inteligência de Mercado da APREN (Associação Portuguesa de Energias Renováveis), por sua vez, ressalva que “a eletricidade de origem renovável tem um impacto direto na redução da dependência externa de combustíveis fósseis, como o gás natural, mitigando a volatilidade de preços e reforçando a segurança e autonomia energética nacional”.

A valorização dos recursos naturais para a produção de energia “traduz-se numa mudança de paradigma, em que o aproveitamento dos recursos para a geração de energia, como o sol, o vento e a água deixam de ser vistos apenas como elementos naturais, assumindo um estatuto estratégico enquanto ativos essenciais para a economia e a sociedade”.
E a consequente proteção destes recursos naturais não passa tanto pela sua disponibilidade, pois são inesgotáveis, com sim pelo impacto que a eventual exploração possa ter no meio ambiente e nas comunidades. Deste modo, “é essencial investir em soluções tecnológicas que aumentem a eficiência do uso desses recursos, promover a recuperação de materiais, planear a localização dos projetos com critérios ambientais rigorosos e adotar práticas de economia circular”.
Para esta associação, “aliar os setores da agricultura, da floresta, do turismo, da investigação e da indústria ao setor da energia renovável pode ser altamente benéfico para a valorização dos recursos naturais”.
A Sunenergy, cuja atividade passa exatamente pelo aproveitamento de recursos naturais para produção solar fotovoltaica, garante que esta utilização é sustentável e assente na monitorização contínua dos consumos. “Esta análise regular permite identificar eventuais desperdícios, otimizar processos e adotar medidas corretivas baseadas em dados concretos. Desta forma, conseguimos garantir uma gestão eficiente dos recursos e reforçar o nosso compromisso com uma atuação ambientalmente responsável”, assinala Susana Nascimento, responsável de Qualidade, Segurança e Ambiente.

A responsável destaca que a energia renovável a partir da luz solar tem múltiplas vantagens, como não gerar emissões de gases com efeito de estufa, custos operacionais e de manutenção reduzidos após investimento inicial na infraestrutura e o facto de poder ser implementada em coberturas ou parques industriais, evitando a ocupação de solo natural ou agrícola. Além disso, o recurso à energia solar reduz o consumo de combustíveis fósseis.
“Graças a estas características, a energia solar destaca-se como uma solução eficiente, sustentável e alinhada com os objetivos de descarbonização e de competitividade económica”, sublinha Susana Nascimento, acrescentando que “a energia solar é uma aliada estratégica para diversos setores de atividade”, “como a indústria, agricultura, comércio e serviços, habitação e até a mobilidade elétrica podem beneficiar diretamente da energia solar, não só em termos ambientais, mas também operacionais e económicos”.
Resíduos: potencial da valorização orgânica
A Tratolixo dedica-se à “valorização dos resíduos de forma sustentável, assentando numa estratégia de gestão integrada na valorização multimaterial e valorização orgânica”. “Esta abordagem projeta e potencia um modelo circular de negócio, que pressupõe a criação de valor no ciclo produtivo, caracterizado pela reintrodução do resíduo como recurso na cadeia de valor”, explica Nuno Soares, Presidente do Conselho de Administração.

Desta forma, a atividade desta empresa está cada vez mais focada na implementação de diversas medidas que visem o aproveitamento dos recursos naturais: além do encaminhamento dos resíduos de embalagem para reciclagem, destaca-se a poupança do consumo de água potável, através do tratamento da água industrial usada na Digestão Anaeróbia e reintroduzindo-a, após tratamento, no mesmo processo e em limpezas fabris; o aproveitamento da água da chuva no processo de compostagem de resíduos verdes; e a recuperação da fração orgânica dos resíduos urbanos biodegradáveis para produção de composto e subsequente venda para a agricultura.
“Pretendemos dar continuidade ao trabalho que temos vindo a desenvolver, consolidando as ações em curso e potenciando a sua eficiência, sem desperdícios, com base na premissa da economia circular”, afirma o responsável, exemplificando com o encaminhamento de biorresíduos alimentares para a produção de biogás e lama digerida, o primeiro que é injetado na Rede Elétrica Nacional e a segunda que é usada em culturas agrícolas arbóreas e arbustivas.
“Estamos, igualmente, a avaliar a possibilidade de converter este biogás em biometano, um substituto renovável de gás natural, ampliando assim o contributo para a descarbonização energética”, acrescenta.

Nuno Soares defende ainda que o setor dos resíduos deve colaboração com outros setores para promover a valorização de diferentes recursos naturais, considerando que a sua integração pode otimizar a gestão de resíduos e o uso de produtos e matérias-primas secundárias.
Com isto concorda a LIPOR, referindo que “é inequívoco que todos os setores dependem da natureza”. Daí esta empresa ter apresentado no ano passado a sua Estratégia de Biodiversidade 2030, “refletindo a preservação e valorização do capital natural no centro da nossa estratégia”, “isto porque, mais do que transformar resíduos em recursos, é cuidar da vida que renasce”, comenta José Manuel Ribeiro, Presidente do Conselho de Administração.
“Na LIPOR estamos a dinamizar vários projetos no âmbito da Biodiversidade e a desenvolver colaborações com Entidades nestas áreas. Refiro-me, por exemplo, ao Programa Metro Quadrado e o Projeto de Valorização do rio Tinto”.
“Não posso também deixar de referir que a LIPOR é parceira do Projeto LIFE Serras do Porto, liderado pela Associação de Municípios Parque das Serras do Porto, e que tem como temática nuclear a floresta, e a LIPOR também colabora com o Corredor do Rio Leça, para a reabilitação e gestão de um elemento natural comum, o rio Leça”, remata o responsável.

Florestas e Agricultura: os consumos do solo
“A intensificação dos incêndios florestais, a perda de biodiversidade, o despovoamento do interior e a pressão sobre os recursos naturais convergem para um cenário alarmante” para as florestas portuguesas, começa por comentar Miguel Jerónimo do GEOTA, referindo que isto é agravado pelos eventos meteorológicos extremos, como as secas, ondas de calor e precipitações violentas.
E a verdade é que “a aposta excessiva na lógica de combate, em detrimento da prevenção ativa e da gestão integrada da paisagem, tem-se revelado ineficaz”. “Urge substituir o atual paradigma por um modelo de mosaico agroflorestal biodiverso, resistente ao fogo, que envolva comunidades locais na gestão do território”.
“A floresta tem de ser encarada como um bem comum essencial ao equilíbrio ecológico, à segurança humana e à prosperidade económica. A valorização dos seus recursos só será real quando for garantida a sua preservação, regeneração e gestão participada”, conclui Miguel Jerónimo.

Para o Centro Pinus, a forma mais “credível e transparente de garantir e demonstrar uma gestão sustentável” dos recursos naturais neste setor passa pela certificação florestal. A entidade relembra ainda que “as florestas fixam carbono, protegem água e solo, e garantem biodiversidade”.
Susana Carneiro, Diretora Executiva, aponta também para a importância de um conhecimento mais profundo das florestas, pois de “uma sociedade informada nascerão as políticas e reformas estruturais de que precisamos, sustentadas num compromisso de longo prazo que resista aos ciclos políticos”.
Entre os problemas e riscos aos recursos florestais, está ainda o facto de a floresta ser maioritariamente privada e não existirem políticas suficientes para dar resposta à falta de gestão pelos proprietários.
Na agricultura, o uso da água é um elemento central para a produção agrícola e para a resiliência dos territórios rurais. Mas este é, como já vimos, um dos recursos mais críticos no nosso país, daí este setor poder “assumir-se como parte da solução, contribuindo ativamente para uma gestão mais eficiente e racional da água”, acredita a FENAREG.

Isto pode ser feito através da modernização das infraestruturas de regadio, da adoção de tecnologias de rega de precisão, da captação, armazenamento e gestão estratégica dos recursos hídricos, da formação contínua dos agricultores e técnicos e da aposta na investigação e na inovação tecnológica.
“Muitas das infraestruturas de regadio público em Portugal, que transportam e distribuem água até às explorações agrícolas, têm mais de quatro décadas de existência e estão a operar com níveis de perdas de água que podem atingir 40%”, acusa o presidente José Núncio, acrescentando que “os atuais sistemas de rega modernos reduzem as perdas para valores próximos dos 10%”.
Além disso, faltam “apoios consistentes e estratégicos” para as entidades gestoras dos aproveitamentos hidroagrícolas: “os investimentos em regadio têm sido insuficientes face às necessidades identificadas pela FENAREG quer para o regadio público, quer para o regadio privado”.

No caso da CONGAGRI, “as cooperativas associadas compreenderam desde cedo que potenciar esses recursos significa economizar, tanto do ponto de vista ambiental como económico”. “Alinhadas com o conhecimento científico e com a experiência adquirida em vários projetos europeus, muitas das nossas associadas apostaram em soluções como as energias renováveis, o reaproveitamento de subprodutos e o uso eficiente da água”, afirma Nuno Serra, Secretário-Geral.
Mas “é fundamental garantir que a ambição ambiental não compromete a sustentabilidade económica e social da agricultura”, remetendo para os Governos a responsabilidade de ter um papel ativo no apoio à transição ecológica deste setor, através de “políticas públicas coerentes com mecanismos de apoio eficazes e previsíveis”.
Nuno Serra reforça que uma agricultura mais sustentável e eficiente tem obstáculos como “o peso económico que as metas de sustentabilidade impõem e a rigidez das diretrizes europeias, muitas vezes desenhadas à margem da realidade no terreno”.








































