O início das comemorações do centenário dos Serviços Municipalizados de Setúbal (SMS) aconteceu esta quinta-feira, 24 de julho, com o lançamento do livro “Apontamentos para a História dos Serviços Municipalizados de Setúbal”. “É uma honra estar aqui com os nossos trabalhadores e é um orgulho trabalhar convosco”, foi assim que o Presidente do Conselho de Administração dos SMS começou o seu discurso dirigido às mais de 200 pessoas que estiveram presentes no Fórum Municipal Luísa Todi.
O livro apresentado ontem olha para o passado e reconstrói a história desta importante instituição municipal, mas Carlos Rabaçal apontou para o futuro e anunciou as várias iniciativas que os SMS já tem planeadas até 2028, ano em que se celebra os 100 anos da criação do organismo municipal.
Uma das grandes revelações foi a construção de um Centro de Conhecimento das Águas Subterrâneas, que será o primeiro espaço desta natureza em Portugal. Outras iniciativas que vão decorrer nos próximos três anos passam pela instalação de uma moderna rede de bebedouros, apresentação do Plano Estratégico da Água, realização do ciclo de conferências anuais, lançamento de anuário dos SMS e programa de sensibilização através do projeto-piloto educativo “SMS na Escola” que será implementado em todas as escolas do concelho.
O Presidente dos SMS destacou “a força do serviço público” e salientou três grandes conquistas desde que as atividades de água e saneamento voltaram à esfera municipal: a demonstração da superioridade do serviço público, a relação democrática construída com os trabalhadores e a sustentabilidade imprimida nos investimentos já planeados. O também vereador na Câmara de Setúbal destacou que só a gestão pública da água, alinhada com os desígnios da ONU, permite uma qualidade de serviço de excelência, investimento na inovação e planeamento com visão de futuro a longo prazo.
O livro lançado ontem, da autoria do historiador Diogo Ferreira, marcou o arranque das comemorações do centenário. “A água é de todos e tem de estar na gestão pública”, concluiu o historiador setubalense após a sua investigação sobre um assunto ainda desconhecido na história regional.
A obra mostra como se concretizou a fundação destes serviços em julho de 1928 e como foram os primeiros anos de atividade, destaca apontamentos cronológicos e explica o porquê da reativação dos SMS em dezembro de 2022. Mas também dá nome e voz às pessoas anónimas que ao longo de quase 100 anos dedicaram a sua vida de trabalho a estas atividades. E porque ainda ficaram muitas histórias por contar, para 2028 está já previsto o lançamento do livro “100 anos de História dos SMS”.
