Por Footprint Consulting
A sustentabilidade corporativa já não é apenas uma questão ética ou de compliance: é uma necessidade estratégica, e a tecnologia está no centro desta transformação. Cada vez mais, as empresas estão a recorrer a soluções digitais, em particular “Software as a Service” (SaaS), para medir, reportar e gerir as suas emissões de carbono, reduzir impactos ambientais, e preparar-se para requisitos legais cada vez mais exigentes, tal como a diretiva CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive).
Segundo a Science Based Targets Initiative (SBTi), cerca de 70% das empresas globais com metas de redução de carbono, utilizam hoje alguma tecnologia digital para monitorizar as suas emissões. Esta adoção não é casual: medir manualmente a pegada de carbono, especialmente de cadeias de distribuição complexas, é dispendioso, sujeito a erros e difícil de auditar. Soluções SaaS padronizam o processo, fornecem relatórios auditáveis e permitem integração com fornecedores e parceiros internacionais… facilitando o cumprimento de normas internacionais como o GHG Protocol ou certificações ISO 14064.
As empresas que adotam plataformas SaaS para ESG beneficiam de múltiplas vantagens. Em primeiro lugar, identifica-se a redução de custos operacionais. Com efeito, com a digitalização elimina horas de trabalho manual, centraliza dados dispersos e permite a automatização de cálculos complexos de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Em segundo lugar, a escalabilidade: estas soluções podem acompanhar o crescimento das empresas, integrando novos fornecedores, filiais ou países, algo essencial para multinacionais ou grupos com cadeias de distribuição grandes.
Um exemplo internacional é a Unilever, que integra soluções digitais para monitorizar as emissões dos seus fornecedores. Através da plataforma, conseguem obter relatórios padronizados, identificam rapidamente oportunidades de redução de carbono e apresentam dados auditáveis a investidores e bancos. Outro caso é a Nestlé, que implementou um sistema SaaS para medir e gerir emissões de Scope 3, o que representa mais de 80% das suas emissões totais, permitindo priorizar as ações de redução em fornecedores-chave e melhorar a transparência para os investidores e os órgãos reguladores.
Estatísticas recentes, mostram que as empresas que adotam tecnologias SaaS para gestão ESG têm em média 25% mais eficiência no reporte de dados e reduzem significativamente o risco de inconsistências ou erros que podem levar a sanções regulatórias. Segundo a Verra, as empresas que reportam as suas emissões com transparência aumentam em cerca de 30% a possibilidade de financiamento verde, uma vez que os investidores e bancos valorizam bastante a confiabilidade dos dados e o facto de serem auditáveis.
A integração de SaaS na sustentabilidade corporativa não se limita apenas à medição de carbono. Plataformas modernas oferecem também gestão de resíduos, água, energia e biodiversidade, permitindo que a empresa tenha uma visão mais holística do seu impacto ambiental e das oportunidades de melhoria. Estas soluções permitem relatórios integrados, que facilitam auditorias internas e externas, alinham a empresa com padrões globais e permitem comunicação transparente com todos os stakeholders.
Um ponto crítico que merece destaque é a facilidade de adaptação a diferentes setores. Uma empresa industrial, por exemplo, precisa medir emissões diretas (Scope 1 e 2) e indiretas (Scope 3) de processos complexos; enquanto uma empresa de serviços, foca-se mais no consumo de energia, mobilidade corporativa e impactos de fornecedores. As plataformas SaaS flexíveis permitem ajustar as métricas, os indicadores e os relatórios a cada organização.
O futuro das soluções SaaS em sustentabilidade aponta para uma automação avançada e inteligência artificial. Modelos preditivos podem estimar emissões futuras com base em dados históricos, identificar fornecedores de maior risco ambiental e sugerir ações de mitigação antes que se tornem problemas financeiros ou regulatórios.
No contexto português, empresas como a Footprint Consulting já oferecem estas soluções prontas a usar, permitindo que companhias de qualquer porte implementem sistemas de medição e redução da pegada de carbono de forma rápida e auditável. Não faz sentido desenvolver internamente plataformas complexas quando soluções já testadas e certificadas estão disponíveis, reduzindo custos e tempo de implementação.
Em suma, a digitalização da sustentabilidade através de plataformas SaaS deixou de ser uma tendência para se afirmar como uma verdadeira revolução, capaz de transformar dados ambientais em valor estratégico e vantagem competitiva. As empresas que abraçarem estas soluções não só garantirão a conformidade com as regulamentações como a CSRD, mas também se destacarão pela transparência, responsabilidade e inovação. A adoção de sistemas SaaS promove a eficiência, reduz os custos, otimiza os processos, facilita o acesso ao financiamento verde e reforça a resiliência face aos riscos climáticos, fortalecendo a reputação corporativa e tornando-se essencial para qualquer organização que pretenda prosperar numa economia de carbono zero.









































