Realizou-se hoje o XV Encontro Nacional de Gestão de Resíduos, uma organização da APEMETA, em parceria com a ESGRA. Emídio Sousa, atual secretário de Estado do Ambiente, esteve na sessão de abertura do evento, bem como na primeira mesa redonda – “Da deposição à Recuperação” – e fez questão de chamar atenção para o facto de o atual Governo ter lançado o Plano de Ação TERRA – Transformação Eficiente de Resíduos em Recursos Ambientais, um plano que define como “simples” e que encerra “todas as respostas que precisamos para os resíduos”.
Por isso mesmo, o governante dirigiu-se à plateia de cerca de 150 participantes do setor afirmando que “agora está do vosso lado, este é o grande desafio que deixo ao setor, e o que está lá é para ser feito”.
Emídio Sousa admite que a implementação efetiva deste plano demorará cerca de cinco anos pelo que é fundamental encontrar soluções até lá. “O que me estava a preocupar imenso porque o país, dentro de dois anos, esgota a sua capacidade de deposição em aterro, e não podemos de maneira nenhuma voltar para o aterro”, alertou, esperando que “todos percebam a importância do trabalho que estamos a fazer”.
Mas o secretário de Estado do Ambiente assegura ter a certeza de que “o setor tem, neste momento, as ferramentas necessárias para desenvolver todo o plano de ação”, acrescentando que “temos que partir para um novo desafio: as indústrias de recuperação de materiais, acredito que esse é o futuro, é o meu sonho”.
Por outro lado, Emídio Sousa chamou a atenção para o facto de o setor dos resíduos estar ainda muito associado aos baixos salários, a tarefas mais básicas e menos nobres. “Mas o setor dos resíduos tem essa componente e tem outra muito mais desafiante, a recuperação dos materiais, conseguirmos que os materiais depois de utilizados voltem a ter um valor acrescentado”.
E é pois isto que o ainda governante diz esperar deste setor. “Espero que em 2035 seja uma indústria de recuperação de materiais, empregadora de quadros qualificados, onde a academia e as empresas trabalham em conjunto para os melhores resultados”. Por isso, “chegou a hora de executar, de pormos mãos-à-obra”, frisou, pois quero que “dentro de 10 anos o setor dos resíduos seja dos mais importantes e valorizados”.
Por Inês Gromicho







































