A época de caça de mamíferos que se alimentam de peixe na Namíbia está prestes a atingir os números mais baixos de sempre de focas. Nesta época, que dura desde Julho e termina amanhã, foram espancadas ou mortas a tiro 26 mil focas, menos do que a quota anual estabelecida de 80 mil. Segundo a Bloomberg, a Namíbia é o país que mais caça focas depois do Canadá. O objectivo desta época de caça é a venda de pêlo de foca, que continua a ser muito procurado, mas também pela venda de órgãos genitais dos espécimes machos adultos, que são considerados um afrodisíaco na Ásia. Ainda assim, já o total do ano passado foi inferior à quota, com 51,464 crias e 3,968 adultos. O Governo justifica esta quebra com a natureza da operação. "O número de focas capturadas tem decrescido gradualmente e este ano deverá ser o mais baixo de sempre", afirmou Charlie Matengu, porta-voz do ministério das pescas. "As focas são animais selvagens e, para dificultar a tarefa, vivem perto da água, tornando difícil atingir quotas de captura de 100%. A natureza da operação causa estas flutuações nos números". O lucro do Governo com a exportação dos produtos resultantes desta época de caça registou uma quebra de 63%, para pouco mais de dois milhões de dólares da Namíbia, o que equivale a 180 mil dólares americanos. O International Fund for Animal Welfare, sediado em Massachusetts, nos Estados Unidos, é uma das organizações que mais critica esta prática, classificando-a como desumana, já que a Namíbia justificou anteriormente estes procedimentos pelo facto das focas consumirem 700 mil toneladas de peixe anualmente, ameaçando das reservas do país, mas a época de caça anual não acontece por estes animais serem dos maiores predadores do ecossistema. Contudo, o número de focas mortas não assinala um declínio da população, já que os cientistas do Governo da Namíbia estão a descobrir novas colónias, a norte, ao largo de Angola. Estima-se que a Namíbia tenha 1,3 milhões de focas.
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