Sob o mote “um grito pela Água”, o ENEG 2023 (Encontro Nacional de Entidades Gestoras de Água e Saneamento) arrancou esta segunda-feira, 27 de novembro, no Multiusos de Gondomar.
Frederico Martins Fernandes, presidente da comissão organizadora do evento, ficou encarregue da sessão de abertura, onde revelou, numa primeira expectativa, que são esperadas 1.100 pessoas durante os três dias do ENEG.
Este ano, o programa envolve-se em “grandes desafios do setor”, desde a gestão dos recursos hídricos, à necessidade de atrair mais talento para as áreas da água e do saneamento e ainda das questões de financiamento – estas últimas cada vez mais essenciais para combater situações de seca e de escassez: ”o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) ignorou o setor da água”, é a evidência que o responsável pelo evento quis deixar em cima da mesa.
E como nas últimas duas décadas, o setor deu um salto significativo, melhorando a qualidade dos serviços, fazendo-os chegar a mais pessoas, denota-se, contudo, que “o setor é uma vítima do seu próprio sucesso”, visto que o país se quis acreditar que já está tudo feito.
”Mas não está tudo feito”, frisou Frederico Martins Fernandes. O mote da edição deste ENEG é exatamente um alerta para o “sentimento de inquietude de quem vive o setor”.
Por isso, é fundamental repensar o valor da água, trazer à tona a importância e a ação das entidades gestoras, neste debate que espera “contribuir no grito pela água que o setor tanto precisa”.
O ENEG 2023 decorre de 27 a 30 de novembro, no Multiusos de Gondomar, com área de exposição, mesas-redondas e vários momentos de comunicação sobre a atualidade e os desafios do setor das águas e do saneamento.