Com a crescente consciência mundial sobre a urgência de construir um planeta mais sustentável, torna-se cada vez mais claro que são necessárias ações concretas e eficazes. O apelo à transformação vem de vários setores da sociedade, incluindo cidadãos, autoridades públicas e investidores atentos às questões ambientais, gerando impactos significativos na nossa economia e modos de vida.
Reconhecendo que os combustíveis fósseis devem ser substituídos por fontes limpas, muitos governos estão a iniciar leilões para produção de energia em locais marítimos mais exigentes, onde as profundidades superiores a 60 metros tornam inevitável o uso de plataformas flutuantes para turbinas eólicas.
Em Portugal, o plano prevê a implementação de 10GW de capacidade eólica flutuante, com um investimento total que poderá ultrapassar os 35 mil milhões de euros. Tendo em conta o histórico de mais de uma década de projetos de inovação em Portugal de referência mundial, o país encontra-se numa posição estratégica para liderar esta nova indústria global. Esta transição, no entanto, implica enfrentar vários desafios, entre eles a criação de novos perfis profissionais e a requalificação urgente de trabalhadores de setores tradicionais.
Este novo contexto acarreta uma necessidade urgente de qualificação técnica e científica específica, que só poderá ser colmatada através de programas de ensino adaptados à nova realidade do setor. Para isso, é fundamental desenvolver currículos alinhados com as competências exigidas e incluir formação prática e conteúdos interdisciplinares.
Neste sentido, o Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) está a liderar uma resposta formativa ambiciosa, com destaque para mestrados nas áreas de Engenharia Mecânica, Energia e Materiais, duas pós-graduações inovadoras a nível nacional e internacional (Liderança para a economia azul e Tecnologias em energias oceânicas), além de formações breves como Sistemas de Energia Renovável Oceânica, Gestão de ativos offshore, Hidrogénio nas energias oceânicas, Certificação de tecnologias offshore, entre outras.
O principal propósito deste plano é qualificar profissionais capazes de contribuir de forma eficaz para a cadeia de valor das energias renováveis no mar, num contexto de procura crescente por técnicos especializados para elaboração de projetos e para instalação, operação e desativação de sistemas offshore. As formações do IPVC, com forte componente prática, formadores oriundos da academia e da indústria e modelos pedagógicos suportados no ensino à distância, oferecem um percurso de aprendizagem ajustado às necessidades atuais e futuras para um setor dinâmico e em constante renovação.
*Este artigo foi publicado na edição 111 da Ambiente Magazine.









































