Um grupo de cientistas norte-americanos descobriu um vírus que dá resposta ao surto de milhões mortes de estrelas do mar na costa do Pacífico dos Estados Unidos da América, desde Junho do ano passado e que não dá sinais de abrandamento. Os cientistas identificaram então a patologia como sendo um densovírus associado às estrelas do mar, que tem afectado mais de 20 espécies diferentes, que habitam desde o sul do Alasca até à Califórnia, causando rupturas no organismo e "espalhando" os órgãos internos dos animais. "Eles simplesmente desfazem-se numa substância pegajosa no fundo do oceano", explicou o biológico e oceanógrafo Ian Hewson, da Cornell University, que conduziu esta investigação, agora publicada no Proceedings of the Natural Academy of Sciences, à Reuters. Os investigadores detectaram a presença deste vírus em estrelas do mar mais antigas, recuando mesmo até 1942, através de amostras e espécimes de museu. Contudo, apresentava-se com uma menor concentração. tendo agora, possivelmente devido a alguma mutação viral, estímulo ambiental ou até mesmo aumento da população de estrelas do mar, atingido a larga escala. Outro cientista de Cornell, o ecologista Drew Harvell, afirmou que esta será possivelmente a maior epidemia na vida selvagem marinha conhecida até hoje e refere que ainda não é conhecida a sua causa. "Existem milhões de vírus numa gota de água, portanto descobrir o vírus associado com uma doença marinha pode ser como procurar uma agulha num palheiro, reiterou Hewson. "Não só esta é uma descoberta importante por estar associada a uma mortalidade em massa de invertebrados marinhos como é o primeiro vírus descoberto numa estrela do mar". O fenómeno ameaça os ecossistemas costeiros, já que estes são importantes predadores nas águas entre a costa e o alto mar, referiram ainda os investigadores.
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