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Grande Entrevista: “Hoje é pacífico reconhecer que (a mobilidade elétrica) se trata de uma realidade visível”

A Ambiente Magazine foi ao encontro de João Diogo, administrador da Galp, que nos falou daquele que tem sido o caminho da empresa nas várias áreas onde atua.

por Inês Gromicho
14 de Dezembro, 2023
em Advisor, Destaque_Newsletter, Energia, Entrevistas, Home
Tempo de leitura: 12 minutos
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Há décadas que alimenta a vida das pessoas, de empresas e da comunidade. E as mais de 1300 estações de serviço na Península Ibérica são o espelho visível dessa realidade. A Galp afirma-se assim como uma referência na vida dos portugueses e um fator de coesão no país e um dinamizador de economia, tanto nas grandes cidades como nas pequenas localidades mais afastadas dos grandes polos. A Ambiente Magazine foi ao encontro de João Diogo, administrador da Galp, que nos falou daquele que tem sido o caminho da empresa nas várias áreas onde atua. Desde a mobilidade até às smart cities, testemunhamos aquele que é o compromisso da Galp no rumo à descarbonização.

Como define a atuação da Galp em matéria de mobilidade elétrica?

A Galp é uma referência na vida dos portugueses. Somos há décadas a energia que alimenta a vida das pessoas, de empresas, de comunidades. E cimentámos neste percurso a marca da Galp como um sinónimo de confiança e mobilidade.

Foi esta perspetiva – hoje bem visível na profunda transformação que a Galp tem em curso rumo à neutralidade carbónica – que nos levou a avançar há já quase quinze anos com os primeiros estudos para projetos piloto para o desenvolvimento dos primeiros pontos de carregamento para veículos elétricos em Portugal.

Parece que foi ontem, mas já lá vão quase 14 anos desde que a Galp deu o primeiro passo pioneiro na área da mobilidade elétrica, em 2010, com a instalação do primeiro ponto de carregamento rápido em estações de serviço na Europa, com o ponto de carregamento que então inaugurámos na A5.

Hoje somos líderes de mercado e quando olhamos para trás, percebemos que tivemos a visão certa, na altura certa. Hoje temos cerca de 3.000 pontos de carregamento e ambicionamos chegar a 2025 com mais de 10.000 pontos em toda a península ibérica.

Em paralelo lançamos a Daloop, start-up (100% Galp) que tem suportado tecnologicamente a gestão da rede de carregamento (CPO) em Portugal e que desenvolve e suporta hoje redes públicas e privadas de mobilidade elétrica em mais de cinco países e a expandir no curto prazo. Em paralelo temos lançado soluções inovadoras como o battery swap ou second life batteries que abrem opções de substituição de baterias “on the go” e reaproveitamento de baterias.

Não restam dúvidas da nossa ambição, da liderança e da transformação que temos operado: somos “a referência” para a mobilidade.

Qual tem sido o compromisso da empresa e que evoluções têm registado nesse sentido?

Se em 2010 poderíamos achar a mobilidade elétrica um conceito futurista hoje é pacífico reconhecer que se trata de uma realidade visível.

A mobilidade elétrica é incontornável, em particular nos grandes centros urbanos. A eletrificação da nossa mobilidade é inquestionável, falta saber o ritmo a que se concretizará.

A nossa expectativa é que a velocidade será cada vez mais acelerada. É isso que indicam as sucessivas revisões de metas europeias e as decisões políticas que procuram antecipar o fim da mobilidade por via de veículos de combustão interna, para atingir a neutralidade carbónica europeia em 2050.

O nosso compromisso, neste quadro, será o mesmo que aplicamos em todas as atividades em que a Galp tem operação: endereçar as necessidades do mercado e dos consumidores, procurando sempre disponibilizar as melhores soluções, ao melhor preço possível, e nos locais e nos momentos que melhor sirvam a jornada dos nossos clientes.

É também nessa lógica, aliás, que temos em curso uma profunda renovação das nossas lojas de conveniência e lançámos um conjunto de serviços que estão hoje disponíveis nos nossos pontos de venda.

Em que consiste essa renovação das lojas?

É um plano ambicioso que vai ser visível em cerca de 40% da nossa rede até final de 2023. Só em 2023 são mais de 150 lojas remodeladas. O objetivo é proporcionar uma experiência diferenciada, numa lógica de “Energia para os veículos e Energia para os nossos Clientes”.

Estamos a materializar essa ambição através da transformação dos tradicionais Postos de Combustível em Hubs de serviços, com uma oferta alargada de energia e de serviços. No fundo, queremos que qualquer cliente que entre numa estação de serviço ou loja Galp perceba que além de abastecer ou carregar o seu veículo, pode também usufruir de uma oferta alargada: refeições saudáveis para levar, zonas confortáveis para trabalhar, cacifos para recolher compras online… uma variedade de serviços que reforçam o nosso compromisso com a jornada e as necessidades de cada cliente.

Qual é o peso da mobilidade elétrica no compromisso da Galp rumo à neutralidade?

A Galp acelerou nos últimos anos um caminho de transformação e de investimentos para a transição energética e para o cumprimento das metas de descarbonização que assumimos: neutralidade carbónica em 2050, redução de 40% das emissões em 2030.

Estamos a partir dos nossos negócios tradicionais para construir um portefólio de energia integrada, que disponibiliza ao país cada vez mais soluções de energia limpas ou de baixo carbono, contribuindo para que as empresas e famílias possam fazer a sua jornada de descarbonização.

Mas esta é uma jornada que se constrói em diferentes planos. No final de setembro, por exemplo, anunciámos a decisão final de investimento de 650 milhões de euros na transformação de Sines. Foi o maior investimento de sempre em Portugal na produção de hidrogénio verde e de biocombustíveis, e um dos maiores à escala europeia.

Porque a mobilidade elétrica é incontornável para a descarbonização do transporte, estamos também a posicionar-nos na cadeia de valor das baterias elétricas: criámos com a Northvolt o projeto Aurora, que visa criar em Portugal, mais propriamente em Setúbal, uma das maiores e mais sustentáveis unidades de processamento de lítio na Europa. É mais um investimento significativo – 700 milhões de euros – que pode colocar Portugal na vanguarda da economia do futuro, e cuja decisão final de investimento será tomada em 2024.

Mas para responder ao peso específico da mobilidade elétrica no compromisso da Galp rumo à neutralidade carbónica, diria que esse peso também dependerá da realidade e da conjuntura do mercado.

O transporte rodoviário é atualmente responsável por mais de 20% das emissões de CO2 na Europa. Estes são valores que explicam de forma clara a importância da descarbonização do sector automóvel. E foi por isso que a Comissão Europeia propôs que a União Europeia reduza a zero as emissões de CO2 dos veículos novos a partir de 2035. O que significa basicamente o fim da venda de carros a gasolina e gasóleo a partir dessa data.

A proposta estabelece que os Estados-membros devem instalar pontos de carregamento e abastecimento de combustível a intervalos regulares nas principais autoestradas – a cada 60 quilómetros para carregamento elétrico e a cada 150 quilómetros para reabastecimento de hidrogénio.

O que nos compete, enquanto operadores energéticos, governantes, autarcas, reguladores, é criar as condições para que esta transição aconteça, sem disrupções para o mercado, para a economia e para os consumidores.

Carregar a bateria do carro não pode ser um obstáculo. É preciso criar uma rede cada vez mais fiável de carregamentos. Para que este reforço da rede ao dispor dos cidadãos aconteça de forma fluída, é preciso também agilizar os licenciamentos por parte das autarquias e garantir que todos os stakeholders envolvidos na disponibilização destes pontos de carregamento interagem de forma rápida e harmoniosa.

Que metas estão estabelecidas pela Galp no que à mobilidade elétrica diz respeito? Estão previstos projetos no sentido de acelerar a mobilidade elétrica? Quais? E para quando?

As nossas metas são públicas: queremos chegar a 2025 com 10.000 pontos de carregamento elétricos na Península Ibérica.

A nossa posição de liderança neste mercado assentou numa trajetória de crescimento sustentado, que foi acompanhando o contexto e a realidade do mercado, as tendências de consumo, a progressiva migração para a mobilidade elétrica. Os nossos investimentos foram sempre acompanhando e antecipando, de forma equilibrada, as crescentes necessidades dos consumidores nesta área. E iremos manter essa linha, com uma abordagem diversificada à oferta que colocamos no mercado.

É por isso que estamos a desenvolver esta estratégia com carregamentos rápidos e ultrarrápidos, tanto na rede de postos da Galp, como na via pública, em centros comerciais, parques de estacionamento, cadeias de retalho ou empresas.

Vamos também acelerar a instalação de pontos de carregamento fora dos centros urbanos do litoral de forma a aumentar a capilaridade da rede. Muito em breve, teremos uma rede que permitirá fazer a ligação entre o Norte e o sul de Portugal – e de Lisboa a Madrid – com carregamentos rápidos e ultrarrápidos.

Qual tem sido a aposta da Galp em soluções smart? O que são as Smart Stores e conveniência da Galp?

As áreas de negócio ‘core’ da Galp têm sido, historicamente, setores de elevadíssima inovação e que pilotaram o desenvolvimento tecnológico ao longo de décadas, empregando trabalhadores altamente qualificados em todas as áreas. Isso acontece porque o sector energético é muito competitivo, tem elevados padrões de segurança, e porque a energia é simultaneamente complexa – em áreas como a identificação e gestão recursos – e simples, por estar em todo o lado nas nossas vidas.

A inovação faz desde sempre parte da matriz da Galp. Por isso percebemos rapidamente que o caminho de transformação que estamos a fazer seria mais rápido e mais robusto se nos abríssemos ao ecossistema de inovação, empreendedorismo e start-ups.

A transição energética é talvez o maior campo aberto à inovação e ao talento tech. E empresas como a Galp, ou ecossistemas que juntam as energéticas a outras empresas predispostas a arriscar e inovar, permitem que esse talento faça literalmente a diferença na vida das pessoas.

Foi neste contexto global que a Galp abraçou o desafio de se tornar em 2022 no primeiro player energético a proporcionar uma experiência autónoma aos seus clientes em áreas de serviço, juntando-se à startup portuguesa Sensei para criar aquela que foi a primeira smart store disponível num posto de abastecimento na Europa.

Esta loja autónoma – que hoje está situada junto ao Instituto Superior Técnico –, com 20 m² e um portfólio de produtos de conveniência para consumo imediato como, por exemplo, snacks saudáveis, barras energéticas, doçaria e bebidas, entre outros artigos, funciona numa lógica de compra sem funcionários, com uma rede de câmaras instaladas, sensores nas prateleiras e algoritmos de inteligência artificial, que dispensa fazer scan aos códigos de barras de produtos, esperar em filas para as caixas registadoras ou até fazer pagamentos com meios físicos.

Os clientes apenas têm que fazer download da App, fazer scan do QR code à entrada da loja retirar os produtos das prateleiras e sair, concluindo automaticamente a sua compra. A tecnologia permitirá que o pagamento seja feito de forma automática, estando associado a um cartão de crédito, oferecendo assim uma experiência simples e rápida.

O que esteve na origem de apostarem nestas “smart stores”?

O objetivo de responder às novas tendências de consumo, que procuram maior agilidade e um processo de compra seamless. Esta tecnologia, sendo baseada em inteligência artificial, vai sendo progressivamente mais robusta pela sua utilização ao longo do tempo, e logo, a Galp, sendo pioneira ganha vantagem clara sobre a concorrência ao ter iniciado já este caminho.

O uso da inteligência artificial vem trazer um novo paradigma nos conceitos de retail e na forma como os retailers se relacionam com os seus clientes. A capacidade de traduzir insights em dinâmicas de oferta ágeis e em tempo real veio para ficar, e a Galp quer ser pioneira neste caminho de transformação, apostando em conceitos de smart payment e interconectividade no ponto de venda.

O cliente valoriza cada vez mais a personalização e a simplificação no momento do consumo e pagamento.

E é também através deste tipo de lançamentos pioneiros que, sem medo de abraçar a inovação, testamos novos conceitos, antecipamos o futuro e reforçamos a lógica global de transformar todos os pontos de contacto Galp – sejam eles postos, estações de serviço ou smart stores – numa experiência que enderece todas as necessidades dos nossos clientes.

Quais as vantagens destas lojas para a Galp e para o consumidor?

Com a utilização desta tecnologia a Galp deu mais um passo na transformação da sua oferta de retalho, evoluindo para soluções com tecnologia que permitem simplificar a experiência dos seus clientes. Para além disso, esta tecnologia permite também testar soluções que otimizam as operações, como por exemplo, automatização de stocks e monitorização de produtos na loja. Este formato permite também testar novas tendências de consumo com os parceiros da Galp.

É, também, um conceito pioneiro que pode ser transportado para qualquer parte, o que nos permite disponibilizar uma oferta adaptada, por exemplo, a eventos locais, facilitando a experiência do utilizador. Estamos a entregar simplicidade e rapidez, que é no fundo aquilo que os consumidores mais desejam neste tipo de interações no retalho.

A aposta passa, por isso, por continuar a desenvolver esta tecnologia e avaliar como nos pode apoiar na melhoria contínua dos processos atualmente em lojas autónomas ou híbridas. Trata-se de um processo de aprendizagem necessariamente gradual, dado que estamos a desenvolver uma tecnologia disruptiva e inovadora, com muitas potencialidades ainda por explorar.

Se conseguisse avançar 30 anos, como gostaria de ver a Galp?

Como uma referência que se manteve relevante para os consumidores, porque teve a coragem de fazer as apostas certas, no tempo certo, para antecipar, liderar e acompanhar as tendências do mercado e as necessidades dos consumidores.

De que forma é que a Galp tem impulsionado as soluções de autoconsumo/energia descentralizada? Que investimentos podem ser demonstradores do compromisso da empresa em acelerar a energia descentralizada? Que tipo de soluções de autoconsumo apresentam ao mercado?

É cada vez mais evidente que as novas formas de organização da nossa sociedade vão passar também pela geração descentralizada de energia fotovoltaica 100% renovável. Num país com tanto Sol como Portugal, esta é uma oportunidade que os municípios, as empresas e as famílias não podem ignorar. E foi também por isso que a Galp decidiu lançar em 2020 o embrião daquela que é hoje a Galp Solar.

Estamos a falar de uma unidade de negócio que permite às empresas e famílias da Península Ibérica produzir a sua própria eletricidade renovável, com um retorno entre os 15% e 25% sobre o investimento realizado para a instalação de painéis solares.

É uma solução que ainda está a amadurecer, mas que assenta nas tecnologias mais avançadas no mercado, como a análise de imagens de satélite, algoritmos de inteligência artificial e big data, para calcular o investimento ideal e a sua rentabilidade com base em fatores como o histórico de consumo, na orientação do telhado e na exposição solar de cada painel instalado, de uma forma personalizada e única para cada cliente final, empresarial ou público.

Com mais de 10 mil instalações no final de 2022 em Portugal e Espanha, a Galp é um dos agentes de energia descentralizada com o crescimento mais rápido na Península Ibérica. O número total de instalações realizadas pela Galp evitou a emissão de 7.200 toneladas de CO2 e permitiu uma poupança anual agregada de cerca de €5 milhões aos consumidores.

Quais são as vantagens dessas soluções a nível económico e ambiental? Qual o peso da aposta na energia descentralizada no compromisso da Galp rumo à neutralidade? Que futuros investimentos estão previstos para acelerar ainda mais a energia descentralizada no grupo?

O mercado vai entrar numa fase de estabilização e tem um potencial de crescimento identificado nas comunidades de energia e nas soluções para condomínios residenciais, o que faz com que comecem a desenhar-se algumas tendências para extrair ainda mais partido das soluções de produção solar descentralizada.

Entre elas sobressai, por exemplo, a necessidade de baterias ou energy storage. A tecnologia não é barata, mas assistimos a um movimento sincronizado de maior sofisticação, maior procura e uma lenta, mas sustentada, descida de custos.

Já em 2022 notámos que uma em cada cinco novas instalações da Galp incluiu a adoção de uma bateria, o que permitiu uma poupança média adicional de €267 euros por ano, por consumidor, proporcionando uma autonomia superior a 60% no consumo final. Continuaremos a apoiar os clientes na gestão da procura e no desenvolvimento de qualquer solução que confira mais poupança, mais independência e maior eficiência.

Olhando para a frente, as bombas de calor são outra tecnologia prometedora: são uma solução elétrica mais sustentável e mais barata face às tradicionais soluções de aquecimento a gás e que podem tirar partido da produção solar descentralizada.

Com tudo isso dito, queremos acompanhar os nossos clientes na sua transição energética de forma integral, nas casas, nos negócios e nas indústrias, de forma que todas estas novas soluções – solar, baterias, bombas de calor, pontos de carregamento para veiculo elétrico – sejam apresentadas de forma integrada, juntamente com o nosso portfolio de produtos tradicionais como a eletricidade, o gás e os combustíveis. Somos o único player no mercado que tem no seu portfolio todas as energias, queremos que os nossos clientes sejam também beneficiados por estarem no ecossistema Galp e terem um parceiro único e de confiança que lhe proporciona soluções vantajosas para todas as suas necessidades energéticas e os prepara para o futuro.

Estaremos atentos ao mercado, como sempre, para contruir uma proposta de valor sólida, radicalmente centrada no cliente e no seu perfil de consumo, com novos produtos e serviços que captem o elevado potencial do mercado ibérico e que contribuam para que cada empresa e cada família tenham sucesso na sua jornada de descarbonização.

*Esta entrevista foi publicada na edição 102 da Ambiente Magazine.

Etiquetas: administrador da GalpentrevistaJoão Diogo
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Com um prémio de 20 mil euros, o projeto Camp In 2025-2026 da Associação Just a Change foi o grande...

23 de Dezembro, 2025
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