Esta quinta-feira, 26 de junho, especialistas da WWF, da Carbon Market Watch e da CAN Europe juntaram-se num webinar para debater a Lei do Clima Europeia, com foco na antecipação da meta climática para 2040, que será apresentada na próxima semana pela Comissão Europeia.
Michael Sicaud-Clyet, Climate & Energy Policy Officer WWF, começou por contextualizar a Lei do Clima aprovada em 2021, que estabelece a meta de reduzir em 55% as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e alcançar a neutralidade climática até 2050. Mas agora a Comissão Europeia pretende propor uma meta intermediária, relativa ao ano 2040, depois do Conselho Científico Europeu para as Alterações Climáticas ter recomendado uma redução das emissões entre 90% a 95%.
O responsável chamou a atenção que esta redução é o “mínimo necessário” e não representa necessariamente um “objetivo ambicioso”. Além disso, Sam Van des Plas, Policy Director Carbon Market Watch, enfatizou que o uso de créditos de carbono internacionais não devem ser tidos em conta como uma solução principal para as emissões.
Face a isto, todas estas organizações defenderam a antecipação da neutralidade climática já para 2040, considerando uma “meta crucial” e esperam que a proposta oficial da Comissão Europeia vise o uso limitado dos créditos de carbono e uma meta ambiciosa da redução das emissões.
Sven Harmeling da Climate Action Network (CAN Europe), alertou ainda que alguns países da União Europeia estão a mostrar alguma resistência à redução de 90% das emissões, como a Polónia e a Itália. Mas há alguns que já mostraram o seu apoio à meta, como Espanha, Dinamarca e Roménia, sendo que Alemanha, Portugal, Lituânia e Suécia também expressaram apoio, mas com alguns condicionalismos a certos critérios ainda indefinidos.
O Head of Climate da CAN Europe apontou que, embora haja muitas discussões sobre possíveis flexibilidades, ainda não se sabe exatamente como estas seriam estruturadas, pois dependem de detalhes técnicos ainda não divulgados pela Comissão Europeia.
O próprio concluiu afirmando que “este é o momento ideal para adotar um acordo verdadeiramente ambicioso”.







































