Por Ana Soares, Sector Lead ESRI
O governo apresentou a Estratégia Nacional para a gestão da água – Água que Une. Esta estratégia visa enfrentar os desafios da gestão hídrica em Portugal através de uma abordagem integrada, garantindo abastecimento eficiente para as futuras gerações e minimizando os impactos de secas, inundações e mudanças climáticas.
Portugal não sofre com a escassez de água. O que temos é uma dificuldade na gestão desse recurso, utilizando apenas 10% da sua disponibilidade. A iniciativa visa aproveitar os financiamentos disponíveis até 2030, estruturando-se em três eixos: Eficiência, Resiliência e Inteligência. A plataforma de informação geográfica da Esri contém todos os elementos necessários para responder a estes desafios, não apenas através de mapas convencionais, mas fornecendo informações importantes, analisando-as e distribuindo-as por todos os que necessitam desta inteligência empresarial.
A Eficiência foca na otimização das infraestruturas existentes, reduzindo perdas nas redes de abastecimento, promovendo a reutilização de águas residuais tratadas e melhorando a coordenação entre entidades. O sistema ArcGIS, da Esri, auxilia na gestão dos dados e na tomada de decisões estratégicas, fornecendo mapas, modelos de funcionamento de redes, e ferramentas avançadas de análise de rede. A redução de perdas de água envolve ações variadas, como a identificação rápida de fugas e ruturas. O ArcGIS disponibiliza soluções para criar zonas de gestão, registar ocorrências, analisar o caudal noturno, relacionar diferentes variáveis, de forma a compreender os impactos nas infraestruturas existentes e priorizar áreas de reparação com base em dados georreferenciados, auxiliando na definição de intervenções estratégicas.
A reabilitação das redes de abastecimento requer diagnóstico detalhado, realizado através de inspeções com vídeo CCTV, que identificam anomalias estruturais e funcionais. A Esri oferece uma solução para armazenar e visualizar esses dados geograficamente, permitindo avaliar riscos e projetar as futuras intervenções.
A reutilização da água residual tratada (ApR) é mais eficaz quando há compatibilidade entre as áreas produtoras e as regiões com maior procura. A localização é essencial para esse alinhamento, permitindo melhor aproveitamento do recurso.
Do lado da Resiliência é necessário encontrar novas soluções e infraestruturas para reforçar o armazenamento, garantir mais segurança no abastecimento às populações e aos setores económicos, restaurar rios e ecossistemas, criar reservas estratégicas de água e interligar sistemas.
E por último a Inteligência focada na modernização institucional e tecnológica, onde a utilização da tecnologia Esri contribui de forma efetiva e diferenciadora. Através de Gémeos Digitais e tendo por base um sistema de informação geográfica, é possível ter um modelo real e agregar e incorporar diversos tipos de dados, organizá-los em camadas de informação e utilizar o poder da localização para visualizar, questionar, analisar e interpretar a informação, revelando relações, padrões e tendências, que ajudam as organizações a tomar decisões inteligentes. Pode ainda incorporar dados de sensores e modelos de inteligência artificial para conhecer e monitorizar, a cada momento, o estado das redes e prever comportamentos futuros, com a análise de grandes volumes de informação e a incorporação de preditivos.

Com a integração de tecnologia e inteligência de dados, a estratégia Água que Une tem como objetivo modernizar a gestão hídrica nacional, utilizar um Sistema de Informação Geográfica para atingir esse propósito é a forma de garantir que teremos uma gestão mais eficiente, sustentável e resiliente.







































